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segunda-feira, 4 de julho de 2011


A Verdade da Caverna.

J. Norinaldo.

Recuso-me a aceitar o aceitável, o pronto por que tem que ser assim, por mim quero mais de uma resposta, se o fardo pesar mais as minhas costas, não importa seguirei até o fim; se o arco do templo não se gasta, nem afasta essa possibilidade, buscarei mais perguntas que respostas até formar o mosaico mais completo. Nas paredes da caverna de Platão, talvez escritos com o negro do carvão, da fogueira que iludia acorrentados; se libertos seguiram conformados com as sombras projetadas pelas chamas ou as marcas que deixaram pelo chão; não farão jamais parte do meu séquito, em busca da verdade por inteira, na fronteira da loucura da razão.

Se precisar baterei a cada porta, concitando a perseguir a mesma busca, contornando o abismo com astúcia, escrevendo por fora da caverna, com a fuligem da tocha que clareia, o labirinto do meu desconhecido. Quando o mosaico da verdade estiver pronto, todo o encanto da mentira desmorona, como um castelo de areia.

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