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domingo, 19 de fevereiro de 2012




Dragões da minha Infância.
J. Norimaldo


Sinto saudade do meu lanche, do meu ponche aguado de limão,  de um pedaço de pão por vezes amanhecido, da lancheira que ganhei de uma madrinha, do bem me quer desenhado a mão em sua capinha. Sinto saudade dos brinquedos, dos medos dos dragões que não existem, a não ser no imaginário infantil, mas que não cabem na cabeça dos adultos. Sinto saudade da escola pequenina, da professora franzina, que falava com as mãos; a gente esquece a primeira palavra dita, o primeiro beijo a primeira namorada ou o presente mais bonito, mas a primeira professora ninguém esquece jamais, e não tampouco a saudade que ela traz.
Até hoje ainda ouço alguma história, de  régua de palmatória da Dona Essa ou Aquela, e até hoje choro ao lembrar da minha, da linda professorinha que me ensinou o B, A Bá. Onde andará?

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