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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012




Mitologia do Enredo.
J. Norinaldo.


Mitologia samba enredo dos antigos, que ressaltavam fantasias nas arenas, ante as tochas da ribalta e no proscênio, inebriavam a plateia com seus sonhos; alguns medonhos como o Inferno de Dante, outros belos cobertos de glória e louros, ricos tesouros como a Nau Argo do comandante Jasão, busca o carvalho onde se encontra  pendurado, o  Velocínio encantado, que lhe daria a coroa e o bastão.
Mas a Escola que apresentar esse enredo, mesmo sendo ao pé da letra interpretado, corre o risco de não ser bem entendida e de jamais ver o seu Teatro lotado. A humanidade esqueceu a poesia, hoje as Escolas usam outra metodologia para exaltar as proezas do passado, as belezas que foram esquecidas a esmo, os Velocínio que o homem fez pra si mesmo, e na verdade sem nenhuma serventia. Mas que levam a plateia ao delírio, deixando a nova Argo a deriva, diante da nudez da deusa viva, esculpida com o cinzel do silicone, o mais novo Tosão D’ouro que o homem descobriu na alquimia do saber, uma maneira de mostrar ao Criador, que é capaz de transformar,  ou de fazer, de uma simples criação Sua... Um verdadeiro tesouro.

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