A fonte da juventude e o Relógio do Tempo.
J, Norinaldo.
Até hoje não se encontrou a tal
fonte da vida, a água do rejuvenescimento, se fosse eu a encontrá-la, pensaria
bem antes de usá-la, se fosse para voltar e fazer tudo igualmente. Não sei se
valeria pena, colocar na balança perdas e ganhos e novamente o destino fatal,
se não pegaria o meu embornal e seguiria em frente; mesmo sabendo está bem
perto do final. Eu falo por mim e não por todo alquimista, por que fui quem
escreve prevaleça o meu ponto de vista; pois aforismo velho, gasto que é mais um velho ditado, diz
claramente, que aquele que consegue esquecer o passado, está fadado a repeti-lo
na íntegra novamente. Quiçá esta fonte já foi encontrada, por alguém que pensava
exatamente assim com penso; cobriu-a de terra e marcou quatro linhas, cavou
alicerces e com meios modernos, construiu um edifício quase que eterno, como um
Templo a ser venerado. O homem ainda
busca essa fonte; como a mais rara tela, quiçá pregando num púlpito, exatamente
em cima dela. Engraçado quando somo crianças, e a felicidade tem outro valor,
um carinho um afago uma torta de nozes, um conjunto de vozes a nos dedicar
amor; sonhamos crescer para sermos felizes, como pais, empresários alquimistas,
que quando bem próximo do fim do sonho sonhado, se arrepende por não ter
vivido, por tanto tempo perdido; tentando voltar para passado. O que mostra que
a humanidade, que tanta coisa pelo caminho deixou a alquimia foi substituindo o
melhor que o homem inventou, e com capitalismo, se foi o amor , romantismo,
fantasias que lucro não dão; já se pensa até noutra terra esquecendo a que
sempre lhe deu o pão, já quase toda destruída por guerra, seus cabelos podados
por serra, cada vez mais ligeiras com a evolução. E o homem que grita no púlpito
o pastor grita aos rebanhos seus, vendendo essa eternidade, em nome não sei de
que deus. Quero que alguém me aponte quem desprezaria tal fonte e lucro que com
ela teria, para seguir seu caminho, falando de rosa e espinho escrevendo alguma
poesia; sabendo que o fim está perto, e se olhar para trás só deserto que o
próprio homem criou com sua hipocrisia.
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