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sexta-feira, 10 de julho de 2015





Minhas máscaras.
J. Norinaldo.



Não tenho a ilusão de ser perfeito, sem sequer conhecer a perfeição, negar minhas máscaras de loucura, de inveja, ciúme e ingratidão; nenhuma, no entanto de imperfeito, já que não conheço a perfeição. Não tenho a ilusão de ser feliz, até porque felicidade é um estado, efêmero como a vida de uma flor, que se abre e oferece sua beleza e perfume e em pouco tempo fenece já sem cor. Não tenho a intenção de um poetar, que agrade ao Padre, ao Monge e ao Cardeal, meu poetar é simples e natural, como simples é o nascer da manhã; minha máscara assim como as do Louco de Gibran para alguma mente sã, podem parecer um carnaval. Mas escodem a dor o sofrimento, outras mentiras  ou sonho insano, defeitos inerentes ao ser humano, que tenta mascarar as próprias máscaras. Não vou esconder as minhas máscaras, que não me libertam da tolice da resposta do espelho ou da mesmice da tentativa de fugas do presente ou das rugas do excesso de passado  não recente esconder, para onde voltaria com prazer para ser criança novamente.

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