Minhas máscaras.
J. Norinaldo.
Não tenho a ilusão de ser perfeito, sem sequer conhecer a
perfeição, negar minhas máscaras de loucura, de inveja, ciúme e ingratidão;
nenhuma, no entanto de imperfeito, já que não conheço a perfeição. Não tenho a
ilusão de ser feliz, até porque felicidade é um estado, efêmero como a vida de
uma flor, que se abre e oferece sua beleza e perfume e em pouco tempo fenece já
sem cor. Não tenho a intenção de um poetar, que agrade ao Padre, ao Monge e ao
Cardeal, meu poetar é simples e natural, como simples é o nascer da manhã; minha
máscara assim como as do Louco de Gibran para alguma mente sã, podem parecer um
carnaval. Mas escodem a dor o sofrimento, outras mentiras ou sonho insano, defeitos inerentes ao ser
humano, que tenta mascarar as próprias máscaras. Não vou esconder as minhas
máscaras, que não me libertam da tolice da resposta do espelho ou da mesmice da
tentativa de fugas do presente ou das rugas do excesso de passado não recente esconder, para onde voltaria com
prazer para ser criança novamente.
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