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sábado, 21 de março de 2009


Despedida, Deus sabe de quem.
J. Norinaldo.
Como despedida aceita esta rosa, e a singela prosa de uma alma ferida.
Em minha inocência ousei um dia sonhar contigo, em meus devaneios te carreguei nos braços numa praia linda, a luz da lua declamei com a alma em festa, na areia úmida construí castelos de ilusões infindas. Caminhei sozinho vendo-te ao meu lado, cabelos ao vento, uma deusa livre a cantar com a brisa. Embalastes sonhos que em minha alma se enraizaram, não frutificaram por que a própria vida deu-te outros caminhos. Para outros portos que outra língua fala, cantastes canções que não são as minhas, caminhastes em praias de outros oceanos.
Agora que dormes o sono eterno eu fiquei sozinho, apenas os sonhos ainda são meus para a eternidade, se a felicidade se contentar com sonhos então serei feliz, por poder sonhar, sofrer e chorar pelo que sempre quis. A última vez que te vi sorrindo guardei a imagem, não tenho coragem de apagar da mente, é como um presente que na alma escondo, o meu sofrimento é que com o tempo a velhice chegue e apague tudo, de nada sou dono, não posso esquecer de te levar comigo ao derradeiro sono
Sei que também ficaste sozinha por que o destino, um menino mal com o qual não brinquei desviou-nos os rumos, mesmo assim te amei, como jamais amarei outra nesta vida. Te amo, te amo, te amo. Adeus.
O Amor tudo transcende, talvez noutra vida nos encontremos e ai quem sabe...

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