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terça-feira, 10 de março de 2009



Ao Mestre com Saudades
J. Norinaldo.

Aparício silva Rillo, nosso eterno menestrel
Sou menino e ainda brinco com teu barco de papel,
E no poço de balde busco a inspiração é eterna,
No rio que fizestes com o facho da lanterna
Olha o dourado que bateu no espinhel.

Da minha janela vejo a rua, a lua o infinito.
Vejo meninas brincando com bonecas de pano,
Como brincavam no tempo dos nossos avós.
Vejo o rio Uruguai do tempo do contrabando,
E fico pensando como tudo era tão bonito.

Das tuas mãos, a poesia o carnaval.
Do festival que já tem melenas brancas.
Tuas lembranças cantadas em volta da fogueira,
Todos os anos no festival das barrancas.
Mestre Aparício, que saudade matadeira.

São Borja hoje é lembrada por todos reconhecida,
Pelo presidente Getúlio, mas também pelo Apúlio,
Teu personagem querido, pelo verso bem fornido,
Como a pitangueira em flor e como a uva no cacho,
Como a rapa de tacho o teu livro mais vendido.

Ah! Como deve ser linda uma tertúlia no céu
Até Deus tira o chapéu nesse momento decerto.
Cenair, Aureliano, Jayme Caetano, Cindinho e Noel,
Apparicio silva Rilo, Retamoso em verso aberto,
Como dizia o Cindinho, a própria nossa Senhora,
Dar um jeito e vem fazer chochet por perto.

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