Guerra das Meninas.
J. Norinaldo.
No teatro de guerra armas diferentes,
Na luta travada só um vencedor,
Aquele que cego pela loucura,
Arvorado na força da indecência,
Investe sem dó contra a inocência;
Saciando a tara na fruta imatura.
Meninas que brincam no parque inocente,
Indiferentes às rapinas humanas da vida.
O sorriso doce trocado por doces malícias,
A maldade no toque de cada carícia,
Nos gemidos que selam a proteção fingida.
No prazer que alimenta a mente corrompida.
Meninas cujas armas são lágrimas de dor,
Que regam os jardins tenebrosos na vida.
Absurdos que a lógica não sabe explicar,
Capaz de esmagar uma rosa ainda em botão,
Destruindo sonhos lindos sem nenhuma razão...
Como ervas daninhas que cobrem o pomar.
Meninas mulheres, velhas inocentes,
Mariposas mirins que entristecem as esquinas.
Tenros repastos de bestas humanas,
De cancros que a própria sociedade pariu.
Cada vez mais meninas veteranas de guerra...
E o mundo girando fingindo que nada viu.
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