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segunda-feira, 15 de junho de 2009



A Verdade e a Beleza.
J. Norinaldo.

A beleza é a verdade e a verdade é a beleza
De que beleza me falas uma bela ninfa nua,
Túmidos seios que apontam na direção do um teto?
Vejo beleza no sol, e tu podes ver na lua,
Portanto a minha beleza é diferente da tua.

Há quem admire um quadro ao discernir a pincelada,
Posso olhar o mesmo quadro e isto não me dizer nada.
De que beleza me falas e qual verdade igualável?
O que é belo para um cego ou uma criatura retardada?
Onde está a beleza no catre de um moribundo miserável?

A beleza da natureza seria esta a verdade?
Na flor que esparge o perfume no fruto que alimenta
Na sombra que ampara o homem enquanto a caça espreita?
Ou na tecnologia que durante o dia a dia enche o ar de fumaça,
Ou no conformismo do corvo com a elegância da garça?

Tanta pergunta só pode ter um só significado,
Que a verdade é um tesouro ainda não encontrado,
Para um arqueólogo a verdade é alguma escrita antiga,
Para um marinheiro cansado o calor de alguma rapariga,
Para um menestrel os acordes perfeitos de uma cantiga.


De que verdade me falas, se a busca continua?
Se a beleza sem feiúra seria o sol sem a lua.
Se a beleza é a verdade a feiúra é a mentira,
Que pai daria a um filho um manto que embeleza
E para o outro um que pesa seja de pregos, e o fira?

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