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domingo, 7 de junho de 2009





O Homem e a Terra.
J. Norinaldo

Ecos de gritos perdidos no tempo
Paredes de rochas que impedem o caminho,
Jardins de corais a formar os atóis,
O vento que embala as ondas dos mares,
O monte que abriga no oceano os faróis.
Deusas de beleza ornando os altares.

O arco íris a tiara com todas as cores
A cascata que canta louva a natureza.
Borboletas alvissareiras da primavera,
Haverá outro mundo com tanta beleza?
Que a ganância poderá transformar em tapera...
Onde impera a fome sobre tanta riqueza.

Rios antes tão belos hoje agonizantes,
As florestas de antes hoje puro concreto.
O respeito à terra que já foi sagrado,
O mar poluído transformado em deserto,
Deus esquecido os valores invertidos,
Em busca de espaço o céu é vendido.

Bolas de fogo cortam o infinito,
São projetos humanos chamados secretos,
Artefatos que podem destruir o mundo,
São experimentos testados em desertos.
Depois os jornais estampam em manchetes,
Os que fazem o mesmo gritando em protestos.

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