Navegar
J. Norinaldo.
Desde o os primórdios da vida
Que sigo regras metódicas,
Alguém me diz como faço,
Até o modo que rezo.
Por comodismo obedeço,
Por ser covarde mereço,
Fazer tudo que desprezo.
Ma há de chegar o dia,
Que me dê toda a coragem,
Para deixar de criar meus degredos,
Livrar-me da infeliz hipocrisia.
Ter enfim uma carta de alforria...
Assinada pelo punho dos meus medos.
Poder entender ser entendido,
Respeitar ser respeitado como sou.
Ter o direito de dizer tudo que penso,
Sem tribuna pra julgar se há consenso,
Sem eu mesmo apontando para mim.
Cavalgar pela vida sem temor.
Ver a vida em toda sua amplidão,
Navegar pelos meus próprios faróis.
Enfrentar a procela sem tremer,
Naufragar e ter forças pra sobreviver,
Quando a nau já se encontrar adernada...
Beijar a minha amada e convida-la pra viver.
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