A Escolha.
J. Norinaldo.
Se num apanágio de culpas,
Desculpas tivessem valor,
Como um inventário de bens
Não um calvário de dor.
Tivesse eu o poder da escolha,
Entre a indiferença e o amor.
Direito? Que direito tenho?
A não ser o dom de sonhar.
Na inglória batalha vencida,
Na tortuosa estrada da vida,
Da ferida que não quer sarar;
O saber da esperança perdida.
Ah! Se tivesse o direito à escolha,
Mas o que é que posso escolher?
Escalar a montanha de frente
Ou assumir o viver indigente?
A dormir e sonhar com você.
É somente sonhar em viver.
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