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segunda-feira, 23 de agosto de 2010
A Pena que não tem Pena.
J. Norinaldo.
Toma, usa a pena e escreves a sentença que condena, não tenhas pena, a compaixão dói muito mais que o desprezo, quando preso sentirei pela janela, que o sol livre adentrará pelas grades a aquecer a minha cela. Resignado ouvirei tua sentença, o meu crime foi amar-te com loucura, não te punas atendendo a consciência, sem beleza, sem fortuna e sem futuro crio o muro que separa nossas almas. Quando um dia nos braços de quem amas, aquele que merece o teu amor, num beijo, num abraço ou num sorriso, quando estiveres ao entrar no paraíso, jamais te lembres como pesam meus grilhões. Vai, escreves com belas letras a mão segura, poucas linhas a traçar o meu destino, logo esquecerás o texto triste, só não esqueças esquecer-me para sempre, será tão fácil esquecer, o que para ti já não existe.
Nada temas, pois ninguém te acusará, por condenar mais um ao esquecimento, afinal, não poderás pertencer a todos que te amam, e com certeza haverá muitos grilhões, com o teu nome num coração mal desenhado na ferrugem. Mas de nada poderás ser acusada.
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