
Destino Cigano.
J. Norinaldo.
No dorso do vento cavalgo seguro,
Buscando o futuro depois do horizonte,
Desviando o monte como faz o rio,
Sem rastros que marquem o caminho de ida,
Na incerteza o desejo de preencher o vazio;
Que o passado me deu de presente na vida.
Quem cavalga o vento não tem direção,
Desconhece o destino aonde quer chegar,
Se desvia a montanha como faz o rio,
Não se abriga do sol, do frio ou da chuva;
Um cigano que a vida ensinou cavalgar...
E a tomar o vinho por que plantou a uva.
A cascata que canta a canção da natureza,
Forma a correnteza que depois vira rio,
Que como eu, cavalgando as campinas,
Como quem tem a sina do povo cigano;
Até que um dia deixe tudo para trás...
E deixe de ser rio e se torne oceano.
Comigo a história é bem diferente,
Não um rio corrente que chega ao mar,
Na busca do novo que está no futuro,
Com as crinas do vento apontando o passado;
Ao contrário do rio que vira oceano...
No final da cavalgada só me resta o escuro.
1 comentário:
Povo que vive com sabedoria,não se prende a bem materiais vai em busca de alegria,a família seu bem maior,nômade por sua própria natureza individualista e mal suporta a presença de um chefe,como diz o poema,cavalga o vento não tem direção,parabéns amigo poeta.
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