
Fome de Amor.
J. Norinaldo.
Faminto de amor, carinho e de beijo,
Transpiro desejo e destilo paixão,
Como um velho lobo uivando pra lua,
Buscando aconchego no escuro da noite...
Em sombras sem vida que encontro na rua.
Beijando outra boca que não é a tua,
Cheirando a tabaco e bebida barata,
Acaricio seios sem nenhuma paixão,
Ouvindo suspiros falsos como eu...
Possuindo outro corpo que não é o teu.
Invejo os loucos os ébrios perdidos,
Por que na loucura que se é feliz,
E os ébrios que encontram a felicidade,
No próprio infortúnio da realidade...
Como o perfume falso de uma meretriz.
Como a esperança ainda não morreu,
E a perseverança só aumenta o desejo,
De um dia poder prenunciar teu nome,
Cavalgar a fúria do teu corpo insano...
Concitando a loucura, que mate essa fome.
1 comentário:
Sim, de fato somos dúbios, dos sentimentos, hora por
não querermos assumir algo, ou por falta de coragem,
preferimos sempre sermos amados do que amar de verdade,
sempre queremos a contrapartida, o ônus da prova. Convenhamos
que somos pretensiosos e egoístas, não assumimos nem a nós mesmos.
Perdemos a razão de cobrarmos um amor de outrem, por falta de
sinceridade, preferimos se jogar em braços alheios por vaidade e medo
de amar e assumir um amor verdadeiro e aberto com alguém.Belo poema amigo.
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