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terça-feira, 22 de novembro de 2011



A Montanha.

J. Norinaldo.


As vezes olho a montanha e vejo que foi mais alta, não só por que eu cresci que esta altura faz falta, mas o aterro está subindo, e o belo está sumindo nas profundezas do lixo. Cantei tanto o mar azul hoje o vejo noutro tom, um verde escuro ou marrom, quem sabe um dia o Mar Negro não seja apenas nome. Tudo que o homem consome a terra dar de presente, como moeda corrente e o pão de cada dia, o mar a fonte da vida de beleza e fantasia, agoniza terra e mar e o fim já está perto, o mar virando deserto e deserto virando mar, mas o homem só tem pressa. Naquilo que lhe interessa, energia nuclear. Porém quem viver verá, onde vai dar tudo isso, da beira do precipício ninguém consegue voltar. Pobres dos passarinhos com ninhos feitos de plástico, nesse universo fantástico tudo vai se adaptando e o rebanho marchando em direção ao abismo, cantando o hino do conformismo cego pela heresia, velhos bezerros de ouro voltam a vida todo dia. Para o aterro do lixo se mandou todo lirismo, falar hoje em romantismo somente na poesia.

2 comentários:

LunasCafePoetico disse...

aplausos...de pé...bjuuuu

Neuza Rodrigues disse...

Lembro ainda com tristeza das belas matas fechadas,onde havia cascatas para tomar banho,hoje tudo é só tristeza e poluição,ainda não tomamos consciência que estamos destruindo tudo,matando a pouca vida que resta no planeta,nossos alertas são pequenos para tamanha destruição,parabéns amigo poeta.