Meus Fantasmas.
J. Norinaldo.
Procuro na noite quente sem
brisa, a chama da vela até parece uma seta, buscando fantasmas que povoam meu
sono, como se algum fosse dono do meu pensamento. Covardes se escondem nas
sombras da noite, por que não se mostram quando estou desperta com medo da seta
da ponta da vela, da chama amarela que clareia a sala. Vejo minha sombra
imitando meus gestos desviando dos objetos assim como faço, onde estão os
fantasmas que minutos atrás, me perseguiam sem piedade, a porta do quarto ainda
está aberta, a cama deserta sem nenhum fantasma para minha felicidade; nada
mais me roubará o sono, nem mesmo o fantasma que pensa ser dono do meu pensamento.
De onde virão e agora onde estão ou serão só fantasias da minha imaginação, vou
rasgando aos poucos com a minha vela de chama amarela a escuridão, buscando os
fantasmas que povoam meus sonhos, pesadelos medonhos que crescem com o tempo, a
falta do vento e a porta aberta, nua e sem coberta vou dormir novamente, só um
raio de lua entra por uma fresta da minha janela, com a luz da vela espantei
meus fantasmas.
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