A Bandeira do Deboche.
J. Norinaldo.
Quem se utiliza da bandeira do
Deboche, para fazer o semelhante de fantoche em nome de uma Lei feita por si, a soberba não lhe deixa ver
o perigo de ruir, apenas para tentar fazer alguém sorrir; em troco de lucro e
de fama, jogando outros irmãos na lama, pisando em tudo para poder subir. Um
dia seu pedestal pode cair, porque foi construído sem ter base, e pode chegar a
uma fazer de um pão ao humilhado vir pedir. Existe meios se fazer alegria,
usando apenas fantasia, um poema, uma poesia sem um usar o semelhante por
fantoche; rasguemos a bandeira do deboche justamente em nome da liberdade, pois
jamais haverá felicidade onde impera a desigualdade. Se o meu irmão é
diferente, porque nem tudo na vida é igual, quem desdenha um irmão por sua cor,
está censurando o autor da obra inteira, empunhando a bandeira do Deboche, terminará sendo o fantoche de si
mesmo, e não adiantará gritar a esmo,
porque ninguém lhe escutará. Usemos a Bandeira da Paz, que mesmo branca caiba
muitas outras cores, desenhemos imagens de amores, arco íris, jardins e beija
flores, flor de Lótus, antúrios ou flor de Liz; pode ser que não faça alguém
sorrir, mas com certeza fará muita gente feliz. Não troquemos a vida pela fama,
não nos deixemos contagiar e nem queimar pela chama, do archote da soberba e do
orgulho; que não passam de ruínas de castelos, iguais a qualquer monte de
entulho.
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