Pena de Morte.
J. Norinaldo.
Não mancharei a lamina de uma
espada que brilha, com o sangue de um covarde que se humilha, sem ao menos
exigir o direito de lutar. Não passarei por cima de um caído, desviarei meu
caminho mesmo que fique mais comprido e nem sequer o olharei para alguém que
sem lutar já foi vencido. Saladino falou e eu escutei que um rei jamais mata
outro rei, portanto com o sangue de um covarde, o brilho da minha espada nunca
mancharei. Ser rei não é ser corajoso, nem lhe dar o direito de tirar a vida do
seu semelhante amarrado, nem mesmo um
rei sacrificado, como foi Balduino IV o leproso. A pena de morte é covardia,
diversão para loucos desvairados, que
não sou eu, que se divertem vendo seres devorados por leões no Coliseu e agora
fuzilados em paredões. A pena de morte não pune que morreu, e sim a civilização
em que viveu; nos remete a idade média, ou ao Inferno da Divina Comédia que um
dia Dante Alighieri escreveu. Jamais concordarei que se mate por
deleite, mesmo que a minha espada sirva apenas por enfeite, mas covarde não serei.
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