Mundo Criança.
J. Norinaldo.
Eu não posso perder o que não
tenho, eu não posso retornar onde não fui, eu não posso para sempre ser
criança, por que a terra gira e o mundo evolui; o meu mundo é pequeno e de
alegria, porque criança não conhece a ganância a hipocrisia, para que quero um
mundo grande sem usa-lo, sem fazer nada para poder conserva-lo e pensar apenas em mim para explora-lo? Quero
um mundo para plantar e pra colher, se houver gado será bem menos que gente; um
mar que seja azul e para sempre, que jamais mude de cor, que o navegar seja
preciso sem poluir; já que eu não posso perder o que não tenho, nem retornar
aonde nunca fui; no mundo grande sei que existe muita fome, culpa do homem que
não sabe dividir; no meu mundo, não
haverá precisão, de alguém estender a mão para pedir. Às vezes sinto pena do
mundo que evolui, e não posso mais voltar a ser aquela criança que fui, que
acreditava num mundo de fantasia; que
depois do meu jardim viria o teu, e cada ser humano na terra tinha o seu; e que
na mesa de ninguém faltasse pão; eu não
posso retornar aonde não fui e nem posso perder o que não tenho; mas se pudesse
escolher deixaria o lugar onde estou e
voltaria para o lugar de onde venho. Não estou a discutir com o Criador, mas
ainda não perdi a esperança; que este mundo tão grande e mal cuidado até
demais, que um dia alguém olhe para trás e lembre que o mundo um dia também já
foi Criança.
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