Navegar eu Preciso.
J. Norinaldo
Navegar o teu cabelo ondulado,
perfumado como as flores de um jardim, depois descer a deriva em devaneios,
passar entre as rochas gêmeas que são teus seios e prosseguir a deslizar em teu
suor; enquanto de tensão meu corpo treme soltar o leme e esquecer tudo ao redor. Até que em fim
chegar ao tão sonhado porto, ao mais lindo horto e ao mais belo jardim. Fazer
das velas os lençóis alcoviteiros e deixar que o vento leve ao longe os teus
gemidos de prazer, que o balanço das ondas dos teus cabelos, Façam teu corpo
tremer com barulhos de correntes, que
são rangidos dos teus dentes e nos teus olhos a brancura nas nuvens que há no
céu, o sol se esconde ao ver teu corpo sem véu. Nada é profano entre corpos que
se amam, toda beleza do amor é como o mar, que desconhece a imensidão do seu
poder, e se arrastando vem aos teus pés te beijar; Como o amor ao cansaço se render. Por
isto mesmo disse o sábio poeta, viver
não é preciso, mas é preciso navegar. Hoje navego num poema para muitos sem
sentido, navegando onde não é permitido
começando nas ondas do teu cabelo, porque nem todos sabem o que é navegar; e
pensam erradamente, que navegante é somente... aquele que vive no mar.
Sem comentários:
Enviar um comentário