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quarta-feira, 26 de agosto de 2009


A Brisa dos Bálcãs
J. Norinaldo

Oh! Linda cigana que vem do oriente,
Lestes minha mão esqueceste da mente,
Teu toque ligeiro impregnou-me a alma,
E em meu coração plantastes a semente,
Que gerou um oásis que matiza o deserto,
Que abriga odaliscas em noites silentes.

Para o coração somos todos ciganos,
Em barracas de panos de pedra ou de aço,
O amor desconhece fronteiras ou raças
Não tem passaporte e nem preconceitos,
Ciganos, tiranos mendigos todos amam,
O amor não tem paradeiro, portanto é cigano.

A vida e o vento também são ciganos
Seguem sem rumo nos rastros do tempo,
Desconhecem o destino desbravam o caminho,
As vezes sozinhos sem acampamentos,
Noites de alaridos com canções de amor...
Sigamos ciganos como os pensamentos.

Ciganos boêmios que vem dos Bálcãs,
Que tem como teto o céu as estrelas,
Como o sol que surge embelezando as manhãs,
Os filhos do vento que embalam as ondas,
Como um arco íris a tiara das nuvens...
Como a minha cigana que me fez um cigano.

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