O Peso da Cruz.
J. Norinaldo.
Verga-me os ombros tanto peso,
Meus passos marcam fundo o caminho,
Tenho medo de cair não levantar,
E minha sombra deixar-me aqui sozinho.
Temo olhar para trás e desistir,
E a frente a imensidão a me esperar.
Encontro um homem que se arrasta,
Puxando sua carga com os dentes,
Em vez de pegadas no chão deixava sulcos,
Como rastro que deixam as serpentes.
Assustei-me com o brilho dos seus olhos,
Jamais vira olhos tão contentes.
Perguntei-lhe por que pareces feliz,
Parece-me que nascestes só para sofrer?
Ele sempre sorrindo me respondeu:
Sim, sou feliz, mas não é difícil entender,
Amigo, estamos em plena primavera...
Mas, o meu irmão não pode ver.
Nunca viu uma primavera,
E nem a carga que carrego com carinho,
Nunca viu a beleza de uma flor,
Apenas ouve o cantar dos passarinhos;
As vezes ele me carrega nos braços...
Enquanto vou indicando os caminhos.
J. Norinaldo.
Verga-me os ombros tanto peso,
Meus passos marcam fundo o caminho,
Tenho medo de cair não levantar,
E minha sombra deixar-me aqui sozinho.
Temo olhar para trás e desistir,
E a frente a imensidão a me esperar.
Encontro um homem que se arrasta,
Puxando sua carga com os dentes,
Em vez de pegadas no chão deixava sulcos,
Como rastro que deixam as serpentes.
Assustei-me com o brilho dos seus olhos,
Jamais vira olhos tão contentes.
Perguntei-lhe por que pareces feliz,
Parece-me que nascestes só para sofrer?
Ele sempre sorrindo me respondeu:
Sim, sou feliz, mas não é difícil entender,
Amigo, estamos em plena primavera...
Mas, o meu irmão não pode ver.
Nunca viu uma primavera,
E nem a carga que carrego com carinho,
Nunca viu a beleza de uma flor,
Apenas ouve o cantar dos passarinhos;
As vezes ele me carrega nos braços...
Enquanto vou indicando os caminhos.
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