Minha Poesia.
J. Norinaldo.
Minha poesia vai perdendo o lirismo,
Diante do quadro que o mundo me mostra,
A fome que assola tantos irmãos na terra,
Os motivos fúteis que levam a guerra...
Alastrando cada vez mais a desigualdade.
A fome que choca até a própria morte,
Que primeiro enlouquece antes de matar,
Que tira a razão e humilha quem morre,
Atirado na poeira por falta de um pão,
Minha poesia já não tem mais razão.
Dê uma rosa a quem padece de fome,
E ele a comerá como se fosse um manjar,
Os óleos que hidratam as peles macias,
Causam enjôos a quem nada tem no estomago,
Denuncio mesmo aos poucos que leem poesias.
Já não sei se é poema ou pura revolta,
Minha alma se solta até por rebeldia,
Até já não falo mais de romantismo,
Pois sinto que isto seria cinismo...
Diante do quadro que expus lá em cima.
1 comentário:
Paz e Amor... Boa noite amado amigo Nori, é com profunda melancolia que vejo o retrato e seu escrito sobre a fome... esta é imagem real causal da humanidade decadente. Infelizmente isso, também temos no nosso amado país e em larga escala. pois está tudo encoberto pela miséria fabricada pelos políticos do nosso amado Brasil.
Meus parabéns pela visão realista e a sua coragem de retratar publecamente.
Abraço fraterno.
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