Deuses do Prazer.
J. Norinaldo.
Rufam os tambores da loucura
Afunilam-se as chances de viver,
Sorrisos cretinos em murchos lábios
Desdenham o dizer de velhos sábios,
Das flores não se busca mais perfume,
Nem o lume do saber nos alfarrábios.
Os deuses de outrora voltam à vida,
Na corrida do vinho e do lazer,
A decência veste roupas coloridas,
Inocentes hoje raras são vendidas,
Nas praças em feiras do prazer;
E as palavras de Deus são esquecidas.
E o bezerro de ouro é polido,
Com o manto do deus já esquecido,
Alimenta-se a fera a pão de Ló,
E o homem na loucura do prazer,
Cego, já não consegue ver...
Que busca no pó, voltar ao pó.
1 comentário:
Será que teremos de fechar os olhos para enxergar-mos melhor?
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