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domingo, 19 de setembro de 2010


O Caminho e as Pedras.
J. Norinaldo.

Caminho sempre a olhar em frente, com medo dos fantasmas que me seguem, me perseguem desde o meu engatinhar, dos dragões que povoam minha mente, que pululam em meus sonhos com freqüência, que dançam nas miragens do deserto. Não sei aonde vou chegar, meu cajado apenas me apóia, não me diz se estou no caminho certo, deixa apenas ao lado dos meus rastros, o seu rastro solitário. O limo das pedras do caminho indica que nunca caminharam. o medo dos fantasmas e do limo, me mostram que a vida é um caminho e o limo gruda naquele que parar. Sufoca-me a incerteza do caminho, cada curva, cada pedra é uma prova, que a vida se renova a cada susto. Tenho tempo, tenho vento e posso ver a beleza nos aceiros do caminho, nas flores que anunciam a primavera e nos frutos que alimentam o passarinho, me aliviam a tristeza do final. Pelo visto cada um tem seu caminho, mesmo juntos caminhando lado a lado, de algum modo o caminho é separado, mesmo que o destino seja o mesmo e para sempre. Eu preciso caminhar, até quando? Não sei. O que se encontra no final... eu sei.

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