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terça-feira, 21 de setembro de 2010


Sonhar ou Viver.
J. Norinaldo.

Quem me deu o direito de sonhar,
Esqueceu de me dar a escolha do sonho,
Eu não quero, nunca quis um pesadelo,
esquecê-lo, é o que sempre me proponho;
Em cada novo acordar apavorado,
Desço um degrau do pedestal em que me ponho.

Ah! Existem sonhos tão bonitos,
Que acordar passa a ser um sacrilégio,
Sinal que viver nem é preciso,
Pois sonhando quando estou no paraíso...
Sinto que talvez morrer seja um privilégio.
Eis o motivo deste poema indeciso.

Viver e morrer, eis a questão,
E se morrer for viver eternamente?
E se eternamente for tempo demais?
E descobrirmos que viver é só sonhar,
Que sou a imagem de um sonho de alguém...
Que é apenas parte de um sonho também.

Tantas perguntas sem respostas,
Tantos sonhos sem explicação,
Como um labirinto sem saída,
Como saber se estou vivendo?
Se quando sonho que estou morrendo,
Alguém diz que isto é sinal de vida?

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