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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pérolas e Ostras.
J. Norinaldo.


Sublimam-se as perolas coruscantes,
Que cintilam na vida e esquecem origem,
Um grão de areia que aleija um molusco,
Para adornar o colo da vaidade,
Contas de um rosário que derrama vertigem,
Como o véu da mentira empalha a verdade.

Cortinas que vedam as janelas da alma,
São as nódoas que cegam os olhos da vida,
E o colo enfeitado de verdes safiras,
Por vezes esconde na moldura a perfídia...
Em cores berrantes de vagas mentiras.
E o beco louva Baco com vinho barato.

Da pérola o brilho a ostra ao lixo,
Da uva o vinho a videira ao relento,
Da mãe o rebento e o fértil canteiro,
Ao colo o colar que adorna e seduz;
As janelas da alma pesadas cortinas...
Aos olhos da vida a falta de luz.





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