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domingo, 14 de novembro de 2010

Pedras para Construir, não Destruir.
J. Norinaldo.

Apedrejar a Maria por cometer adultério,
É só mais um despautério cometido pelo homem,
Adultero confesso em nome da vaidade,
E se fossem lapidados por um crime tão comum,
Faltariam pedras ao mundo para lapidar cada um,
Aqueles que julgam em nome do dever e da verdade.

Atire a primeira pedra aquele que não cobiçou,
A bela mulher do próximo e que nem sequer pensou,
Em levá-la para a cama num belo sonho de amor.
Quem sou eu para julgar os pecados de alguém,
Que não cumpriu os mandamentos que eu não cumpro também,
Que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou.

Adúlteras mal amadas, mas com o dever a cumprir,
Como objetos de luxo alcovas enfeitam em vão,
Mercadoria vendida no mercado do cinismo,
Que apedrejem o mutismo sufocado em assembléias,
De onde surgem as idéias que apedrejam a razão,
Diga não a panacéia dos tribunais do machismo.

Não vamos atirar flores em adulteras confessas,
E sim cumprir as promessas feitas diante do altar,
Amor não só na beleza, mas na dor e na tristeza,
Até que a morte nos separe de verdade,
Que as pedras sejam atiradas nas serpentes...
Que atentam contra o amor e a lealdade.


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