
A Agulha e o Bordado.
J. Norinaldo.
Se a agulha é o punhal que fere o pano,
O bordado é a chaga que lhe fica,
Para o sábio um pingo é uma letra,
Muitas letras o saber significa;
Se a agulha magnética mostra o norte,
A morte na verdade nada indica.
Se a montanha é um defeito da terra,
Não encerra o mistério da planície,
Da esfera esticada e sem buracos,
Se o perfume depende do alquimista;
O líquido dependerá de frascos,
Como as letras nas palavras escritas.
Se o amor é a terapia da vida,
Sem punhal ou bordado colorido,
O mistério da planície é explicado;
Como a esfera espichada ao cumprido,
Não existe um amor pela metade...
Na verdade nenhum amor bandido.
Na harmonia entre o vento e o perfume,
Não há ciúme de quem leva ou de quem é,
E não há rancor entre a agulha e o bordado,
Se o alquimista tira o perfume da flor,
E se o amor tem tudo a ver com fé...
Meu coração está bordado de amor.
1 comentário:
Mas voce pode... pintar e bordar, só com as letras. Abraço, amigo.
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