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sexta-feira, 30 de setembro de 2011






O Pqueno Polegar.

J. Norinaldo.


Prisioneiro de eternos pesadelos,

Que resgatam cenas de outras vidas,

Quando o palco era a arena da morte,

E os que morriam me saudava em despedidas;

Quando meu polegar apontava para o chão...

Hoje me perseguem em labirintos sem saídas.


Como posso resignar-me a tal castigo,

Se não consigo me lembrar quem fui outrora,

Por que quem me concedeu o poder de comandar,

Não assume o meu sofrimento agora?

Ou me explica o que é que vou ganhar...

Em outra vida sem baixar meu polegar?


A noite enquanto me consumo em pesadelos,

Devorado por leões enfurecidos,

Quem me deu o poder em outra vida,

Hoje baixa o polegar na minha hora;

Por que será que mereço tal castigo,

Se na verdade eu nem sei quem fui outrora?


Quem me deu o lugar na arquibancada,

Enfeitada no lugar onde eu sentava,

E o direito de escolher os que morriam,

Simplesmente quando o polegar baixava;

Será que os escolhidos para a arena...

Já tinham baixado, o polegar e não sabiam?

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