
A Palhaça que Falava o Mandarim.
J. Norinaldo.
Um pequeno circo sem lona e sem leões,
Onde os anões eram gigantes de marfim,
Que retratavam os dragões do eu menino,
Apaixonei-me pela palhaça mais linda...
Uma deusa, que falava o mandarim.
Jamais esqueço da chegada e da partida,
Nesta vida de onde um dia irei partir,
Desta nômade de um sorriso encantador;
Que com certeza foi o meu primeiro amor...
Partiu levando o meu jeito de sorrir.
Um pobre circo, uma trupe sem talento,
Cujo relento era o teto do seu mundo,
Mas quão profundo marcou seu nome em mim;
Uma palhaça para muitos, até sem graça...
Mas que era bela e que falava o mandarim.
Freqüentei circos com leões e domadores,
Domando as dores que até hoje dói em mim,
O tempo passa, eu cresci o que é normal,
Hoje sei que aquela deusa vive em Lisboa Portugal...
Não é a mesma e até esqueceu o Mandarim.
Para provar a grandeza desse amor,
Fiz de tudo e aprendi o Mandarim,
E ainda falo até com certa fluência;
No fundo a vida até parece penitencia...
Não me deixar esquecer quem nunca lembrou de mim.
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