
Rosário de Grilhões.
J. Norinaldo.
A corrente que me prende aos grilhões,
São meus medos que se entrelaçam,
E como fantasmas se abraçam,
O medo com medo de me perder;
Sou covarde e não faço segredo,
E meu maior medo, é por isto vir a te perder.
Quanto maior o medo mais fraco é o elo,
E o amor mais difícil se torna mais belo,
Por mais forte a corrente que o medo faça,
Por mais pesados que sejam os grilhões,
A força unida entre dois corações...
Reduz a tração da corrente em fumaça.
Cadeias, correntes de medos, grilhões,
Senões que tornam a vida impossível,
Sombras, fantasmas de antigas paixões,
Açoitam a alma de forma terrível;
O falso desejo que assola a carcaça...
Embaça a visão, da vida que passa.
Sementes de medo que brotam em grotões,
Invadem os salões povoando os espelhos,
Em ramas trançadas que viram correntes,
E os acordes perfeitos embalam corações;
E os espelhos refletem as paixões ardentes,
Que se somam ao rosário de novos grilhões.
1 comentário:
a furia da paixao...um bonito poema...bjuuu
Enviar um comentário