
O Silêncio do Escuro.
J. Norinaldo.
Quem falava a mesma língua se calou,
E o escuro tão temido se acendeu,
E o fruto já não nasce como antes,
O que o escuro escondia apareceu,
E os mudos agora são falantes,
A semente plantada não floresceu.
O troar do canhão ficou mais perto,
Mas o oásis do deserto resistiu,
A gordura da terra virou ouro,
É o tesouro do tirano que caiu;
E o mundo esperando nova guerra...
No preço da bolsa por barril.
É o homem explodindo a própria vida,
Na corrida da ganância e do poder,
Esmagando com os pés seu semelhante,
E o mudo vai falando sem saber...
Que o silencio também é importante,
E que a semente no paiol não vai nascer.
O turbante, a coroa ou o bastão,
Na mão do tirano é covardia,
Se a semente não brota no deserto,
E o troar do canhão está mais perto...
O crime compensando a cada dia,
O silencio do escuro é que está certo.
Sem comentários:
Enviar um comentário