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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013



Nunca Mais.
J. Norinaldo.


Ah! Quantos trens ainda terei que contar, ou cantar na minha poesia para lembrar uma época que havia, o romantismo de no trem viajar. Ah! Quantos trilhos terei de pisar sem o medo da morte na linha, ao saber que hoje não há, o perigo que antes ali tinha. Ah! Quantas Gares vou ver e lembrar a beleza que era, hoje tapera como a minha esperança, ao lembrar a criança que viajava no trem; do menino encantado com tudo que via, hoje esta poesia é tudo que resta. Ah! Até quando vou chorar nesses tempos medonhos, sempre recordando o trem dos meus sonhos. Ah! Como vou esquecer se ainda parece que vejo o primeiro beijo que te dei na estação, e também foi nos trilhos do trem que peguei pela primeira vez tua mão.
Outro dia estava sozinho num banco da praça, quando surgiu no céu uma nuvem de escura fumaça, e o meu pensamento foi bem mais além, fechei os olhos e te vi, sorrindo para mim na janela do trem. Depois abri os olhos e chorei, chorei demais, pois mesmo que o trem volte, nele você não vem mais... Nunca mais.


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