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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013




O Punhal e a Palavra.
J. Norinaldo.


Enquanto o punhal me fere a carne, palavras dilaceram minha alma, as feridas do punhal o tempo cura e cicatriza, porém o que fere a alma se eterniza até por que a alma é infinita. Deixe o teu punhal na bainha, ou para que ter um punhal? Controles o que sai da tua boca, por que ambos podem causar muito mal, às vezes as palavras ferem mais, que a ponta afiada do punhal. Para parar e refletir, sem ser usado o punhal volta à bainha, mas a palavra não volta sem ferir, assim como a flecha lançada, a palavra saiu tem que seguir. Cuidado com a palavra e o punhal, não são como a água e o azeite, são  idênticos, iguais, um você pega pra ferir, e a outra fere até por sinais.
Eu já fui ferido por palavras, nunca fui ferido por punhais, portanto conheço apenas uma, não sei dizer qual  que dói mais, quem me feriu com palavras, talvez com o punhal não tenha podido, se pensa que não me fez mal, descobrirá  o que me fez quando for assim ferido.

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