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domingo, 26 de abril de 2015



Asas da Imaginação.
J. Norinaldo.



Quão poderosa é a nossa imaginação estou escrevendo agora ouvindo uma flauta andina tocando  Dolanes Melodies, em seguida virá Quando El condor Passa; em casa num domingo  quase sem nenhuma alegria, de repente me vejo nos alpes, observando um lindo voo desta ave fantástica, chego a ouvir o barulho característico das suas asas ao passar próximo a mim, sinto o vento da montanha, e cheiro da natureza vejo belas e brilhantes nuvens abaixo de onde estou, sinto-me mais perto de Deus; tudo isto sem sair do lugar, apenas tomando emprestadas as asas dos condores tão belos e  colocando-as na minha imaginação. Esqueço tudo, tudo que há minutos me afligia toda agonia e passo a plainar junto com minha imaginação conhecendo a verdadeira liberdade, um espaço sem fim a minha disposição; plainando sem nenhum esforço, vendo o mundo que vivo agitado, sofrido, sofrendo, chorando, às vezes amando e sendo amado, outras vezes desprezando ou sendo desprezado, Chorando ou fazendo alguém chorar. Ah! Se eu tivesse coragem suficiente para pedir ao Criador que me transformasse de vez em um desses belos condores, e que nenhum sobressalto me levasse de volta a realidade da vida, sofrida, suada, chorada e com tão pouco espaço comparado ao que agora vejo, o infinito, em cada volta que faço sinto no peito como um abraço da liberdade sonhada. Voo mais alto, até que pouco enxergo da terra, só nuvens prateadas e a montanha, o silencio quebrado apenas pelo murmúrio do vento e o bater do meu coração e a voz do meu pensamento e a flauta andina agora com certeza tocada por arcanjos. De repente a música cessa e como se o mesmo condor que tão simpático me emprestou as asas, as tome de supetão, e caio direto na realidade, diante de uma tela cheia de letrinhas que talvez somente eu leia e entenda, o que acabo de vivenciar, toda a deslumbrante beleza que é só querer podemos criar e viver, mesmo que sejam efêmeros minutos significam uma eternidade porque simbolizam Liberdade e esta nada mais é que a verdadeira felicidade. É tão lindo poder criar os próprios sonhos e acreditar neles enquanto sonhos e depois voltar a montanha e refletir se talvez fosse um condor e tivesse todo o espaço para voar, tanta liberdade, não iria pedir ao Criador, para ser exatamente quem sou, as vezes amado outras desprezado, as vezes desprezando e sempre em busca da felicidade que vi, vivenciei, mas simplesmente penso que pode existir muito mais, e que serei capaz de encontrar. Quanta coincidência, olho ao meu lado uma apostila de inglês com uma foto da cidade New York na capa, uma pequena formiga sobe até a tocha da Estátua da Liberdade e indiferente e segue seu caminho; será que por não ter tantos objetivos uma formiga, ou todas elas são felizes? Para ela tanto pode está em Paris, New York Londres ou numa tapera qualquer, ela quer apenas andar e viver? Em fim o que será a Felicidade?

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