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sábado, 25 de abril de 2015




Solidão na Madrugada.
J. Norinaldo.




Ah! Como eu gosto da noite, do silencio da madrugada, quando só se ouve o som das estrelas, e mais nada; às vezes as batidas do meu coração que teimoso insiste a bater, como se para que eu lhe  abrisse a porta e ele me dizer, as estrelas são lindas, mas noite é para se sonhar e o dia para se viver. Não abro a porta por medo de lhe dizer a razão, que o que tinha de viver já vivi,  mas o que tenho a sofrer ainda não sofri, por isto hoje a solidão. Ah! Se o tempo voltasse, mas que tudo fosse diferente, com certeza quando chegasse onde estou, iria querer começar novamente. Quem já esteve em alto mar sozinho na proa do navio e viu quão  imenso que é tudo, e tudo não passa de belo e frio; principalmente se a quilha aponta para o desconhecido e proa para o porto de onde tenhas partido, tudo, tudo é vazio. Somente quem já esteve lá, e ouviu o som das estrelas no céu e peixes voadores brilhando ao voar; às vezes confunde os pensamentos. Sem saber se está o céu ou realmente no mar. Quando as nuvens encortinam o céu e os relâmpagos antecedem os trovões, se retiram as estrelas tão belas e as procelas se aproximarão e como uma mensagem de fogo, ou o início de um jogo mandam embora a solidão.

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