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quarta-feira, 15 de abril de 2015





Existência e Esperança.
J. Norinaldo.



A única coisa que realmente me faria feliz e que me parece tão simples, não é, não foi. Quanto tempo sonhei em te ver chegar para mim e dizer, a minha felicidade depende simplesmente de você, é tão simples, um poema tão pequeno que há muito tempo em meus sonhos declamo; quero ouvir dos teus lábios, só isto: “Eu te amo”. Mas, não aconteceu, se você foi feliz não sei, eu tenho certeza que não sou até mesmo porque tanto tempo se passou, tanto tempo essa minha espera durou; mesmo que alguém na vida insista em dizer que nunca é tarde para o amor, com certeza era jovem e se equivocou. Quiçá até tenha tido momentos de felicidade, efêmeros como a vida de uma flor, ao acreditar que nunca é realmente tarde para o amor. Hoje com o olhar perdido na distancia, os pensamentos cavalgando o nada que sou sem querer acreditar que a espera acabou, que meu porto foi demolido que nenhum barco aqui mais atracará, com alvíssaras que me fariam ouvir harpas dedilhadas por anjos e um balé de estrelas do mar e aliviar esta dor que peito consome, ou ouvir-te dizer o meu nome e completar “Eu te Amo” e nunca para longe de mim se vá. Tento decifrar o que quer dizer a brisa na solidão imensa do mar, quem sabe uma chance ainda tenha, e assim como uma onda ela venha em meus braços ficar. Não quero mais nada da vida, ou na verdade nunca quis e por isto mesmo afirmo que nunca fui feliz. Três palavras apenas, pelas quais tanto esperei, continuo esperando como uma criança, que pensa um dia crescer; eu não queria morrer, tendo uma existência somente em nome de uma esperança.

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