Vergonha.
J. Norinaldo.
Musas desnudas de pernas cumpridas,
Antenas de carne que propagam o amor,
No rosto a máscara de uma aquarela
Que fazem da vida uma passarela,
Na busca da fama vendendo o pudor.
Como jóias raras de antigo valor
Libertas escravas de antigo senhor,
Que enchem o mundo de bijuteria.
Na insana escalada do despudor
Em nome do amor em noites de orgia.
Hoje já não se fala na moça perdida,
E a mulher da vida é coisa de outrora,
A vergonha ficou num passado distante,
E a inocência a própria vida deflora.
E a virgem de ontem, é a demente de agora.
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