Colheita Maldita.
J. Norialdo
Da terra de onde brotava o trigo,
Hoje nasce o perigo da morte eminente,
O veneno, a promessa que não satisfaz,
O convite a tumba ainda não construída;
A poeira maldita que não marca pegadas...
Inalada por tantos no poço da vida.
Recrutam-se os jovens a encurtar a vida,
Na triste corrida de sonho e deliro,
Se o trigo não vinga pra fazer o pão,
Outra semente é escondida no chão;
Pra colheita maldita da dor do martírio.
É o homem fechando o seu próprio caixão.
E o ouro cunhado com a esfinge do homem,
Vai comprando de tudo até a verdade,
E a farinha do pão já não precisa do fogo,
Já não mata a fome, mas sim o olfato,
E o mundo cordato aceita e assume...
Que ao Invés do pó, o homem volta ao estrume.
1 comentário:
Bonita é a "imagem" da plantação...
... Essa não... "Já não mata a fome, mas sim o olfato,". Plante... plante... plante... os seus versos. Grande abraço.
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