Mel e ferrão. Luva de alpaca e Casaco de Pele e o final da
pele Humana.
J. Norinaldo.
Não sei o que pensou Darwin na sua expedição ao descobrir
que a abelha, que fabrica o mais doce mel precisa de um ferrão e por que existe
na terra que não goste de poesia, aliás não sei por que ainda chamam seu trabalho
e teoria. As vezes fico pensando se sou humano ou não sou, e o que sou
finalmente, não só por ser diferente ter nascido desprovido de beleza, mas amar
tanto a natureza, a poesia, e também aquilo com que não fui naturalmente aquinhoado,
nem por isto ser revoltante com aquele ser que nasceu com um belo semblante, e
tem coragem de fotografar sua imagem, com um fuzil e o pé sobre o cadáver de um
elefante. Estive entre lhamas pelos Andes e vi o voo do condor e sei que algum
já tombou tendo o mais belo voo interrompido, pelo tiro de um ser humano
bandido, por isto mesmo ainda não sei se sou. Quem já olhou nos olhos de uma
Lhama ou uma Alpaca, quem já pegou no colo uma Chinchila e quem sangra estes
animais e depois aplaude quem com sua pele desfila e ser chama ser humano, fico
eu aqui pensando com a alma e o coração, na distancia que existe entre a terra
e o céu e que a nossa vã filosofia jamais saberá porque quem fabrica o mais
doce mel, necessita de um ferrão.
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