Parece, mas não É!
J. Norinaldo.
Parece uma fuga desesperada do
fogo da guerra entre tantas que assolam a terra, uma fuga da terra
arrasada. Um pássaro que foge do fragor
dos canhões, dos clarões das bombas que assassinam as pombas inclusive a pomba
da paz. Parece, ainda que não é, apenas um por do sol, o céu purpuro do arrebol
e uma ave que adorna o espaço em cores,
como reflexo de flores atiradas por canhões de amores, como um mensageiro,
lindo e alvissareiro liderando um comboio de luz. Parece uma fuga, mas é uma
tela, tão bela que só O Maior Pintor, o Pai o Criador, poderia pintar. É lindo
demais o arrebol, de tão belo parece delírio, mas é um colírio aos olhos do poeta que segue sempre o sol. Hoje ouvi o
estrondar de um trovão, antes vi o clarão que a terra traz esperança a ave que
parece fugir e ao homem que aceita a terra como dádiva a sonhar com a colheita,
e o verde da natureza, a beleza das e a florada dos parreirais, depois o ouro
dos trigais e o pão e o vinho sobre a mesa. Por isto não é uma fuga e sonho que
nunca haverá escrevo neste momento ouvindo John Lennon cantando “Imagine” e
como poeta consigo imaginar um mundo de paz e amor, onde ainda haverá guerra de
flor incentivada por orquestras passarinhos, enquanto os filhotes nos ninhos se
sintam seguros e que tiros sejam só de trovões, dos canhões se façam porteiras,
para criar barreiras a violência e a dor; que no mundo prevaleça o amor e a fé
Naquele que esta tela Pintou.
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