O Destino é um menino mal com o qual não se Brinca.
J. Norinaldo
Semente descalça estrada sem rumo, como fruto sem sumo como
rosa sem cheiro, o destino sem zelo te
mostra o caminho, mas você sozinho é que irá percorrê-lo. O que pensa da
tela quem posou para ela, no tamanho da
estrada que tem pela frente se é suficiente para ir onde pretende chegar, se haverá desvios, se verá pela
frente, rios com enchentes, mares e navios; por menor que seja, algo deseja que
não ficar ali, e para onde ir ou para onde foi, quanto tempo faz que a espera
fingida, faz parte da tela mas não faz parte da vida. Uma brincadeira que
ficará guardada, e que fará sorrir muito tempo depois, porém também pode fazer
chorar lágrima de saudade que a felicidade cala, ao lembrar que na mala
poderia levar, tanta coisa fútil que devi a ficar; tantos sonhos que foram
ficando esquecidos, perdidos pelos aceiros de outros caminhos, algum transformado
em pesadelo, o destino te mostra o caminho, mas você sozinho terá que
percorre-lo, pulando obstáculo, atravessando pântanos, montanhas e montes,
conhecendo horizontes antes nunca sonhados; talvez algum dia numa caixa
guardada, esta tela já velha e amarelada, diga alguma coisa, ou não diga nada.
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