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domingo, 3 de janeiro de 2010


As Sombras
J. Norinaldo.

Mesmo que o futuro me apavore,
Mesmo que os rios corram lentos,
Mesmo as sombras petrificadas,
Mesmo tendo que arder em calçamentos,
Mesmo estando o passado tão distante,
Sinto as sombras se moverem em pensamentos.

Mesmo vendo que crianças já não brincam,
Assim como brincavam antigamente,
Mesmo aplaudindo uma canção se entender,
Mesmo não crendo faço esforço para crer,
Que o futuro será proeminente,
Só não sei se as sombras serão suficientes.

Nos desertos existem sombras rarefeitas,
E os desertos se propagam pela terra,
Onde a sombra dançava ao sabor do vento,
O homem destruiu com o poder da serra,
Hoje as sombras que existem nos assombram...
São fantasmas daqueles que pereceram na guerra.

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