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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010


Canção do Pensamento.
J. Norinaldo.

Dedilho as teclas do piano, e as notas saem como estações fora de época, a primavera no verão e outono em pleno inverno, como pingüins a caminhar pelo deserto, devagarinho, bem suave vou tocando cada tecla, ali sozinho e de repente passo a ouvir uma linda canção, não, não, a mais linda canção que já ouvi. Penso em você toda de branco, descalça a caminhar na praia, as ondas mansas vindo banhar os teus pés. De repente olhas o céu, e apontas uma estrela, tento traze-la para as teclas do piano, e a canção com seus falsetes maviosos vão te encantando e começas a dançar também cantando, cantando a minha canção. E como é belo este cenário que até parece mais um verso de um poema. Penso então: seria isto a felicidade? Parar o tempo agora e assim ficar pra a eternidade?
Na verdade, não há canção, não sei tocar, nem sou poeta, só sei pensar, em você e nada mais, e isto faz qualquer lugar se transformar no paraíso e qualquer ruído transformar-se em canção, não, qualquer canção, mas na mais linda canção que existir.

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