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sábado, 16 de janeiro de 2010


Terremoto.
J. Norinaldo.

O planeta começa a se desmanchar,
Como um velho cujos ossos degeneram,
A terra sofre de uma anemia crônica,
Diagnóstico que os médicos não operam,
Em suas entranhas o homem busca,
Os tesouros que mais poluição geram.

Como a madeira corroída por cupins,
Sobrevivemos sobre o abismo disfarçado,
Quando a força da mãe terra se esvai,
O homem cai no espaço destroçado,
A ciência reconstrói tudo de novo,
E diz ao povo que a culpa é toda do gado.

E a ganância se espalha como o joio,
A humanidade na corrida por mais óleo,
E a vida soterrada em grandes valas,
São sementes que se transformam em petróleo,
Que impulsionam as maquinas da guerra...
E dos veículos que procuram outra terra.

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