Beleza e Vida.
J. Norinaldo.
Entre um cochilo e outro da madorna,
Vejo a aranha que decora minha sala,
Que não cochila sempre atenta a sua teia,
A espreita de quem pensa que se embala,
E que quem voa é superior na vida.
De repente uma linda borboleta,
De asas deslumbrantes colorida,
Se debate ofegante em sua teia,
A aranha na certeza do banquete,
A vida bela alimenta a vida feia.
Cujas asas são jogadas como restos,
A beleza que alimenta as paixões,
A natureza nos mostrando seus exemplos,
Só a fantasia se alimenta de ilusões,
Deus não está nos vitrais dos belos templos.
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