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segunda-feira, 15 de março de 2010


Futuro, Presente Passado.
J. Norinaldo.

Ah! Eu queria fechar os olhos diante de um espelho e ver apenas o que quisesse ver. Esquecer pelo menos parte do passado, depois abri-los e não ver minha imagem embaçada pelas lágrimas do presente, por sentir que tão somente o que me resta é o passado. Não lembrar que o passado é tão distante que o presente é o que resta do futuro tão sonhado. Não enxergar tantas rugas neste rosto que não dorme de desgosto e que espera as madrugadas para chorar. Em madrugadas passadas, namoradas, amigos e serenatas, hoje lembranças que voltam como fantasmas ou algozes, sombras vozes, sorrisos, pegadas dos amigos, das namoradas que no passado ficaram. Oh! Velho espelho embaçado limpar-te não vale a pena, Com o passado em cena, meu presente é tão incerto, meu futuro é tão seguro como escrever na areia do deserto.

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