Translate

quinta-feira, 25 de março de 2010


Flor do Campo.
J. Norinaldo.

Meus velhos sapatos gastos e rotos,
Que nunca pisaram macios tapetes,
As mãos calejadas da sobrevivência,
Que nuca provaram os grandes banquetes.
Meus versos tão simples ou simples refrões...
Nunca declamados nos grandes salões.

A simplicidade não faz poesias,
As flores do campo só juntas são vistas,
Ninguém lhes trás mudas para o seu jardim.
Tampouco lhes tratam com carinho e amor,
Sem notar quanto é bela a natureza,
Pois não há diferença para um beija flor.

Para cada poeta uma flor preferida,
Como se na vida houvesse preferência,
Como se a natureza pudesse mudar.
Muitos antes de conhecer uma Hortência,
Na inocência criança que começa a rimar...
Meus versos falavam na flor do maracujá.

Meus velhos sapatos já gastos e rotos,
E os poemas loucos que tento engendrar,
Me mantém na alma acesa uma chama,
Que a beleza está quero que esteja,
Que a sombra de um rei na poeira rasteja...
E que a flor de lótus se alimenta da lama.

Sem comentários: